terça-feira, 21 de novembro de 2023

Operação prende 14 foragidos por crimes de exploração sexual de crianças em 6 estados

A Delegacia da Polícia Federal de Campinas (SP), em parceria com a Polícia Civil, localizou e prendeu 14 pessoas foragidas da Justiça por crimes de exploração sexual de crianças, por meio da Operação Vulnerare, até esta terça-feira (21).

Quem são os alvos da operação? A ação, realizada em oito cidades do estado de São Paulo e outros cinco estados, começou em agosto deste ano. Foram presas pessoas que cometeram os seguintes crimes:

- Art. 213 do Código Penal: estupro (pena de 6 a 10 anos)

- Art. 217 do Código Penal: estupro de vulnerável (pena de 8 a 15 anos)

- Art. 218 do Código Penal: corrupção de menores por ato libidinoso (pena de 1 a 4 anos)

- Art. 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente: oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar pornografia infantil

A Polícia Federal detalhou que, a princípio, os presos não tinham qualquer ligação entre si. As prisões ocorreram no estado de São Paulo, os mandados foram cumpridos em Campinas, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Valinhos, Pedra Bela, Peruíbe e na capital. Também houve prisões em São Joaquim (SC), Boa Esperança (MG), Sinop (MT), Vitória da Conquista (BA) e Bandeirantes (PR).

Além das prisões, a polícia também buscou obter imagens de partes dos corpos dos presos, que podem estar relacionados a outras cenas de abuso sexual infantil, e continuam sob investigação.

De acordo com a PF, a expectativa é, com isso, identificar autores e vítimas por meio da comparação com os inúmeros arquivos digitais considerados ilícitos que já foram apreendidos pela polícia.

Durante coletiva de imprensa, Estela Beraquet, coordenadora do Grupo de Repressão a Crimes contra os Direitos Humanos detalhou que a operação deve se tornar permanente, pois há outros mandados a serem cumpridos.

"A ideia é dar continuidade, obter mais dados, para fazer a comparação e, efetivamente, trazer esses criminosos que já têm condenação presos, para eles não estarem soltos".

A investigação é realizada por meio de uma parceria inédita com a Divisão Especializada de Investigações Criminais (DEIC) do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 2 - Campinas (Deinter).

A operação, cujo nome em latim significa ferir ou machucar, está incluída nas ações estratégicas do Grupo de Repressão a Crimes contra os Direitos Humanos da Polícia Federal em Campinas.

Entre suas principais atribuições está a investigação de crimes de compartilhamento e disponibilização de arquivos de abuso sexual infantil na internet, para restringir a divulgação, além de identificar abusadores de menores e responsáveis pela produção dos vídeos.

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