Robinho voltou a se declarar inocente no caso de estupro pelo qual a Justiça italiana o condenou a nove anos de prisão. Às vésperas de o STJ julgar se ele cumprirá pena no Brasil, o ex-jogador afirmou em entrevista à Record ser alvo de racismo e pediu desculpas “a todas as mulheres”.
“Se o julgamento fosse de um italiano branco, o resultado seria bem diferente”, disse. “Eles [italianos] têm o objetivo principal de me condenar por algo que eu não fiz. Ela [vítima] fez uma falsa acusação, como se ela estivesse inconsciente. Fui condenado por ‘inducione’. Não induzi ninguém a beber”, defendeu-se ele, em conversa com Carolina Ferraz, no “Domingo Espetacular”.
De acordo com ele, quatro dos seis homens presentes no suposto estupro coletivo não foram corretamente julgados. “Se foi algo coletivo, envolvendo seis pessoas, por que só eu estou respondendo por isso?”
Segundo investigação do Ministério Público italiano, Robinho e outros cinco brasileiros praticaram violência sexual de grupo contra uma mulher de origem albanesa que, embriagada e inconsciente, foi levada para o camarim de uma boate em Milão, onde foi estuprada várias vezes. O caso ocorreu em 2013.
Por terem deixado a Itália durante a investigação, quatro homens não puderam ser notificados, e o caso deles foi desmembrado do processo. O outro, assim como Robinho, foi condenado.
“Tivemos uma relação superficial e muito rápida. Fizemos sexo oral e trocamos beijos. Estávamos ali com o consentimento dela. Ela estava consciente, em nenhum momento ela gritou ou pediu para parar”, afirmou Robinho. “Quando vi que ela queria continuar com os outros rapazes, fui para minha casa”, disse.
“Só fui saber depois de quatro meses [da acusação de estupro], porque eles me contaram. Disseram que ficaram com a garota por determinado tempo, com o consentimento dela, e depois dali foram para outra discoteca. Eu já nem estava mais no local”, acrescentou.
Nesta quarta (20), o STJ julgará um pedido de homologação da pena do ex-jogador. A sessão será transmitida ao vivo, a pedido da Itália.
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