Servidores do TJ-BA Entram em Greve por Reajuste Salarial e Plano de Cargos

Os servidores do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) iniciaram nesta terça-feira (6) uma greve por tempo indeterminado. A paralisação tem como principal objetivo pressionar por um reajuste salarial e cobrar a votação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) da categoria, que propõe uma recomposição gradual de até 53,3% no poder de compra dos trabalhadores.

Perda Salarial Acumulada Chega a 62% em Dez Anos

Segundo os servidores, a defasagem salarial acumulada nos últimos dez anos, devido à inflação, já atingiu a marca de 62% em seu poder aquisitivo. A greve busca, portanto, uma resposta efetiva do TJ-BA e da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) para essa significativa perda.

Justiça Determina Efetivo Mínimo de 60%

Atendendo a um pedido da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), o Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-5) determinou que os servidores do TJ-BA mantenham um efetivo mínimo de 60% em atuação tanto nas comarcas do estado quanto na sede do Tribunal, visando garantir a continuidade de serviços essenciais à população.

Demandas Essenciais Não Serão Paralisadas

De acordo com o Sindicato dos Servidores dos Serviços Auxiliares do Judiciário da Bahia (Sintaj), a greve não afetará o andamento de demandas judiciais consideradas essenciais, como aquelas relacionadas aos serviços de saúde, fornecimento de energia elétrica e abastecimento de água.

Sintaj Alega Cumprimento de Trâmites Legais

O Sintaj informou que todos os trâmites legais foram seguidos para a deflagração da greve. A paralisação ocorreu após a frustração da expectativa de um acordo entre a Assembleia Legislativa e o TJ-BA para a tramitação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos. A decisão de paralisar as atividades foi aprovada em assembleia realizada no último dia 29 de abril.