Um grupo é investigado por crimes praticados contra a Caixa Econômica Federal, mediante restrição da liberdade de funcionários e arrombamentos de caixas eletrônicos em Salvador. As investigações apontaram que os suspeitos são vinculados à uma organização criminosa paulista.
Nesta terça-feira (17), a Polícia Federal (PF), o Ministério Público Federal (MPF), a área de Segurança Empresarial da Caixa Econômica Federal e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) cumprem:
- 10 mandados de prisão preventiva;
- 15 mandados de busca e apreensão domiciliar e pessoal;
- bloqueio de valores, bens e direitos correspondente a R$ 13 milhões;
- suspensão de atividades econômicas de empresa.
As ordens judiciais foram expedidas pela 17ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária da Bahia, em Salvador, Lauro de Freitas (na região metropolitana da capital baiana), São Paulo, além de Santo André, Barueri e Cotia, cidades do interior paulista.
As investigações
Segundo a SSP-BA, o caso em investigação é relativo a três crimes que ocorreram em Salvador, nos dias 1º de maio de 2023, 5 de outubro de 2024 e, por fim, 25 de dezembro de 2024.
A Polícia Federal constatou que o grupo criminoso utilizou modus operandi semelhante em todas as situações: quando as agências bancárias estavam fechadas e as ruas desertas.
Além disso, as investigações apontaram que houve a participação de pelo menos um ex-vigilante da empresa de segurança prestadora de serviços da Caixa.Ainda segundo o apurado, os investigados usaram pessoas físicas e jurídicas como "laranjas" para aumentar o capital social de “empresa de fachada” e, dessa forma, ocultar e dissimular a origem ilícita dos valores angariados, com o propósito de desvincular esses ganhos financeiros dos crimes antecedentes.
De acordo com o órgão de segurança pública, a operação recebeu o nome "Krampus", por causa do último crime cometido pela organização criminosa, que aconteceu no Natal.
Krampus representa o oposto do Papai Noel. A criatura mitológiva é conhecida por castigar as crianças que não se comportaram bem.
O órgão de segurança pública informou que a investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos e fatos conexos. Se condenados pelos crimes cometidos, os suspeitos poderão cumprir penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 100 anos de reclusão. (G1-Bahia)
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