Um vídeo antigo em que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) admite ter negociado com o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para impor sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a viralizar nesta quarta-feira (9). A repercussão ocorre após os EUA anunciarem uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, reacendendo o debate sobre a conduta do parlamentar.
Informações a Trump e Base na Lei Magnitsky
No vídeo, Eduardo Bolsonaro revela ter repassado informações ao governo americano "sobre o que estava acontecendo no Brasil", em uma aparente tentativa de influenciar a política externa dos EUA em relação ao país. A ação, segundo ele, teria como base a Lei Magnitsky, legislação que permite aos Estados Unidos impor sanções a estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos.
À época, o deputado chegou a expressar publicamente seu desejo por tais sanções, escrevendo no X (antigo Twitter): "Obrigado, presidente Trump. Faça o Brasil livre novamente. Queremos Magnitsky!", sugerindo que as medidas contra Moraes seriam vistas como "libertadoras".
Bastidores: Anistia para 8 de Janeiro e Acusação a Moraes
Nos bastidores, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro também tem sido associado a pedidos de anistia ampla para os envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e, curiosamente, responsabiliza o ministro Alexandre de Moraes pelas sanções aplicadas por Trump.
O caso reacende intensos debates sobre soberania nacional, golpismo e a legalidade de colaborações com potências estrangeiras que visam influenciar a política interna de um país. A atitude de Eduardo Bolsonaro, para muitos, levanta a complexa questão: seria um ato de patriotismo ou de traição à nação?
A situação promete continuar gerando discussões no cenário político brasileiro, especialmente em um momento de tensões diplomáticas e econômicas com os Estados Unidos.





