segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Asteróide Apófis mobiliza agências espaciais em estudo para defesa da Terra em abril de 2029

O asteroide Apófis, batizado em referência ao deus egípcio do caos, é hoje um dos corpos celestes que mais intrigam e preocupam a comunidade científica. Com 340 metros de largura — maior que a Torre Eiffel de Paris — ele passará tão perto da Terra em 13 de abril de 2029 que poderá ser visto a olho nu em diversas partes do mundo.

As estimativas apontam que o objeto passará a apenas 35 mil quilômetros da superfície terrestre, na região onde orbitam satélites de telecomunicações e meteorologia. O fenômeno será observado por mais de 2 bilhões de pessoas, segundo previsões astronômicas.


Do temor inicial ao interesse científico

Descoberto em 2004, o Apófis gerou grande preocupação. Cálculos preliminares indicavam risco real de colisão com a Terra em 2029 ou 2036. Porém, análises posteriores, realizadas em 2009, descartaram a ameaça imediata. Ainda assim, o asteroide permanece entre os maiores riscos monitorados, com uma chance em 45 mil de atingir o planeta em futuras passagens.

Esse potencial de perigo transformou o Apófis em prioridade para as principais agências espaciais do mundo, que veem nele uma oportunidade de aprofundar estudos sobre defesa planetária e a dinâmica dos asteroides próximos à Terra.


Corrida espacial pelo Apófis

A Agência Espacial Europeia (ESA) planeja lançar em 2028 a missão Ramses, que pretende interceptar e acompanhar o asteroide em tempo real. O objetivo é analisar órbita, rotação, estrutura interna e até os efeitos gravitacionais da Terra durante a aproximação.

A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA) também está envolvida. Além de contribuir com equipamentos de alta tecnologia, como câmeras infravermelhas, a agência adaptou a missão Destiny+, originalmente dedicada ao asteroide 3200 Phaethon, para incluir o Apófis em sua rota de observações.

Nos Estados Unidos, a NASA reprogramou a missão Osiris, que recentemente coletou amostras do asteroide Bennu. O plano é que a sonda sobrevoe o Apófis, mas a continuidade da missão depende de aprovação orçamentária no Congresso americano.


Defesa planetária em pauta

Para especialistas, o acompanhamento do Apófis pode se tornar um divisor de águas na ciência espacial. Além de ampliar o conhecimento sobre asteroides potencialmente perigosos, a missão internacional servirá como teste para estratégias de defesa do planeta diante de possíveis ameaças cósmicas.

4 comentários:

  1. Se for para Brasília não muda o curso.

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  2. Esse papo de asteroide de novo?

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  3. Essas agências especiais poderiam fornecer as coordenadas de um certo antro criminoso conhecida como a capital dos criminosos, fica ali no planalto central. Será que o "gps" desse asteróide é chinês? Tomara que não erre...

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