terça-feira, 11 de novembro de 2025

Pai de vereador executado em Santo Amaro suspeita de ligação com sócios de empresa recém-criada

O pai do vereador Gleiber da Mota Fernandes (Avante), assassinado junto com o assessor Diego Castro Reis na madrugada de domingo (9), afirmou suspeitar que o crime possa ter relação com uma sociedade empresarial recente do parlamentar. A Polícia Civil da Bahia ainda investiga a motivação e as circunstâncias da execução, ocorrida no sítio da família, às margens da BA-420, na zona rural de Santo Amaro.

Em entrevista à TV Bahia, Gleiber Favela — ex-vereador por cinco mandatos no município — disse estar desconfiado do ambiente de negócios do filho.

“Eu estou meio cabreiro com isso porque ele tem sócios. Não estou acusando ninguém, mas esse negócio dos sócios dele que ele abriu a empresa agora... não sei qual é a sociedade dele. Ele foi um dia desses vender uma fazenda em Euclides da Cunha”, declarou.

Favela também afirmou que o filho não costumava informá-lo sobre movimentações financeiras. “Meu filho não passava para mim algumas coisas”, disse.


Execução enquanto dormiam

Gleiber e Diego foram encontrados mortos a tiros dentro da casa da família. A suspeita inicial é de que ambos tenham sido surpreendidos enquanto dormiam. Peritos estiveram no local na segunda-feira (10), mas a Polícia Civil ainda não confirmou dinâmica nem autoria.

Horas antes do crime, o vereador participou da inauguração de uma loja de veículos em Feira de Santana. Mais tarde, publicou nas redes sociais registros de uma confraternização onde Diego também estava. Os dois retornaram juntos ao sítio naquela noite.

Empresa ativa, mas sem registro recente

Consultas ao CNPJ de Gleiber mostram uma empresa aberta em 2013, sob o nome fantasia ME Gleiber Jr Comércio e Serviços, com atuação no varejo de pneus e câmaras de ar. O cadastro está ativo, segundo dados do Serasa Experian. Não há informações formais sobre uma empresa mais recente em nome do parlamentar, apesar de relatos da família sugerirem novas sociedades.


Histórico de conflitos e processos

Gleiber Júnior, reeleito em 2024 com cerca de 956 votos, acumulava rixas políticas e passagens pela polícia.

Processos no Tribunal de Justiça da Bahia apontam que ele já foi investigado por ameaça, invasão de propriedade e receptação — crime pelo qual chegou a ser preso em flagrante, em 2019, em Feira de Santana. Na época, Gleiber pagou fiança de R$ 7 mil para ser liberado. Os detalhes do caso não foram divulgados.

Em outro episódio, o vereador foi denunciado por perseguir o carro de um homem e bater propositalmente no veículo, além de supostamente ameaçar duas mulheres. O Ministério Público arquivou o caso em 2022 por falta de provas.

Já em 2024, o parlamentar respondeu a uma ação de reintegração de posse, após ser acusado de invadir uma fazenda entre Euclides da Cunha e Canudos. A denunciante afirmou que ele teria ameaçado o caseiro para expulsá-lo da propriedade. Gleiber alegava ser dono do terreno, versão rejeitada pela Justiça.

A Polícia Civil mantém as investigações e ainda não divulgou linhas de apuração prioritárias.

3 comentários:

  1. Trançado e ganancioso...

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  2. Esse vereador era cheio de BO
    Já foi preso por Receptação ,invasão de terras, roubou a um sócio de Feira de Santana. Resumindo era muito “TRAQUINO”

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  3. Kkkkk trançado e traquino como todos que eu conheço, que estao exercendo a função de vereador,deputado,governador ,presidente será que eu esqueci mais alguma função politica kkkkkk

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