sábado, 16 de março de 2019

Rádio Difusora: saiba o que está por trás da crise na emissora


A Rádio Difusora Sul da Bahia atravessa um momento de turbulência financeira e administrativa, podendo, inclusive, mudar completamente seu quadro de diretoria. João Lourenço Botti, empresário sulista que reside em Salvador, teria, segundo relatos de um ex-funcionário, perdido o interesse pela emissora, uma vez que atua em outros ramos empresariais na capital baiana e em outros estados. Sua relação com o atual Diretor Geral, Antônio Badaró, estaria bastante desgastada. Há dois anos, João Lourenço não aparece em Itabuna, o que já foi bastante constante, inclusive com confraternizações em bons restaurantes da cidade.  

Como a emissora passa por sérios problemas financeiros, e com salários de funcionários atrasados, o que não acontecia há um bom tempo, João Lourenço estaria disposto a passar a emissora para as mãos de um político, com quem, estaria se reunindo em Salvador para as tratativas do negócio. Caso essas especulações tornem-se fatos, a mudança de ares poderia fazer bem a Difusora, que conta com uma das maiores audiências da região sul da Bahia, é tradicional e faz parte da história itabunense.

A crise na Difusora pode ser percebida ao longo dos últimos dois anos. Profissionais de reconhecida competência, a exemplo de Roberto de Souza, Oziel Aragão, Luísa Couto, Leandro Viana e Clícia Marinho, dentre outros, deixaram a emissora neste período, seja por propostas melhores de outros veículos de comunicação, seja por relacionamento desgastado com a direção da rádio. Sem contar Gerdan Rosário, Ricardo Bacelar e Joel Filho, que ja haviam deixado a emissora ha cerca de três anos. Cacá Ferreira teria balançado a uma boa proposta recebida há alguns meses, mas decidiu por ficar na emissora. Além de Cacá, Orlando Cardoso, Silmara Sousa, Wadson Santos, Fabio Souza, Marco Aurélio Felipe, Jacqueline Mendes e Antonio Carlos Ufa, formam, hoje, o primeiro escalão da Difusora.  O setor administrativo também perdeu peças importantes recentemente.

Muitos ex-funcionários têm problemas judiciais com a empresa, uma vez que, embora os salários fossem pagos rigorosamente em dia, a emissora não assina a carteira de trabalho e previdência social da maioria dos colaboradores do quadro, e ainda, não dá férias, e quando o empregado é demitido, não paga FGTS, e nada nesse sentido. São poucos os que conseguem esses direitos de forma rápida. A maioria tem queixas e reclamações a fazer. 

Os próximos dias serão cruciais para a definição do futuro da Rádio Difusora. Seus ouvintes, que não são poucos, esperam pelo melhor, e se for mudar de mãos, que esse tal político que pode assumir, o faça com excelência e tendo ampla noção da importância da emissora para a comunicação regional, o que faltou ao atual dono do negócio. Especula-se nas rodas de bate-papo pela cidade, que esse "novo dono", pode ser o Deputado Federal Josias Gomes (PT), o que ainda não foi ratificado pela assessoria do político. 

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