quinta-feira, 12 de março de 2020

Perícia nos celulares estende a permanência de Ronaldinho no Paraguai por ao menos cinco dias

O juiz do caso Ronaldinho Gaúcho, Gustavo Amarilla, marcou para a próxima terça-feira, dia 17, a perícia nos telefones celulares do ex-jogador e de seu irmão, Roberto de Assis, que estão presos no Paraguai desde o dia 6 de março. A dupla é acusada de entrar no país com passaportes falsificados. Isso significa que, antes desse prazo, Ronaldinho e Assis não poderão deixar o Paraguai.

Nesta quinta-feira, os advogados de Ronaldinho e Assis vão apresentar um recurso para tentar transferir os dois para prisão domiciliar. Será a terceira tentativa da defesa dos brasileiros de tirá-los do complexo de segurança máxima no qual estão presos desde a última sexta-feira. 

De acordo com o jornal “ABC Color”, Gerardo Chamorro, advogado dos intermediários que conseguiram os passaportes falsos para Ronaldinho, disse que seus clientes se apresentarão ao Ministério Público ainda nesta quinta-feira prometendo “contar tudo”. Segundo a publicação, os intermediários, que não tiveram seus nomes divulgados, teriam sido enganados por funcionários do governo paraguaio. Detido há mais de uma semana, Ronaldinho Gaúcho tem tem sofrido com um calor incomum para esta época do ano em Assunção, que varia entre 35 e 40 graus. 

O craque brasileiro está em meio a 25 policiais que foram condenados por diversos crimes além de políticos processados por corrupção e até alguns pertencentes ao crime organizado. A presença de Ronaldinho também seduz os detentos que participam do torneio interno de futsal, que começou na última segunda-feira. O ex-jogador recebeu convite de várias equipes diferentes na disputa pelo troféu da competição, que é insólito: um leitão de 16 quilos, segundo a AFP.



A disputa acontece principalmente entre as equipes "Los Pitufos", "Los Cumbieros", "Sport Espada", "Villarreal" e "Milan".
Na quarta-feira, o Ministério Público do Paraguai indiciou mais oito pessoas, e os acusados na investigação que surgiu após o caso de Ronaldinho Gaúcho e Assis chegou a 14 processados. Entre eles, a única pessoa foragida é a empresária Dalia Lopez, responsável pela ida dos irmãos ao país.

Dentre os indiciados, estão vários funcionários da Direção Nacional da Aeronáutica Civil (Dinac), do Departamento de Investigações da Polícia Nacional e do Departamento de Migrações. Também foi detida Stella Marys Lugo, que era vizinha das duas mulheres que expediram os passaportes posteriormente adulterados para os nomes de Ronaldinho e Assis. Stella foi apontada como a pessoa que buscou os documentos.

Ronaldinho Gaúcho e Assis seguem detidos na Agrupação Especializada da Polícia Nacional, em Assunção, onde estão desde a noite da última sexta-feira. Eles cumprem prisão preventiva decretada no sábado. Nesta quinta, a defesa dos dois irmãos deve apresentar recurso no tribunal de apelação contra a decisão do juiz Gustavo Amarilla, que manteve a prisão de ambos.

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