"Wesley sempre foi um cara muito do bem, muito família, muito alegre, adorava as crianças e desde sempre foi essa pessoa. Amável, amigável, dócil. E a dor é grande demais, sentimento de perda". É assim que a amiga e vizinha de Wesley Soares Góes, de 38 anos, Daniela Pereira, se recorda do PM que foi morto após atirar para cima e contra policiais, após um possível surto, na região do Farol da Barra, em Salvador.
O policial estava noivo e morava na cidade de Itacaré, no sul da Bahia, onde era lotado. Ele era conhecido por ser uma pessoa alegre. Segundo a Polícia Militar, em 13 anos de serviço, ele nunca apresentou comportamentos que sugerissem problemas psicológicos. As informações e imagem são da TV Bahia.
Outro amigo de Wesley Góes, Bruno Araújo, também lembrou da personalidade alegre do policial e se recordou que ele ficou muito feliz em ter passado no concurso da Polícia Militar, em 2008. Segundo ele, a maior alegria dele foi ter passado no concurso da PM em 2008.
Em entrevista à TV Bahia, o comandante-geral da PM, Paulo Coutinho, lamentou a morte do policial, mas disse que a situação teve variáveis que não estavam na mão dos policiais.
“Eu gostaria de deixar bem claro que a gente lamenta profundamente esse episódio e nos solidarizamos mais uma vez com a família do policial militar e com a nossa tropa. O objetivo da ocorrência não era esse, nós tínhamos um prognóstico melhor, infelizmente tem variáveis que não ficam na mão da polícia quando ela intervém e sim do provocador, quando ele faz o disparo tentando atingir policiais militares e qualquer dispersante”, contou.
O soldado Wesley Góes trabalhava na 72ª CIPM, em Itacaré. Na tarde de domingo, ele foi até a companhia, buscou um fuzil e partiu para o Farol da Barra. Policiais já tinham percebido que ele estava descontrolado e o seguiram.
Góes parou no Farol da Barra, em Salvador. Assim que saiu do carro, fez disparos para o alto e gritou palavras de ordem. Ele estava com o rosto pintado de verde e amarelo. A polícia isolou o local e iniciou uma negociação que durou mais de três horas. Familiares do soldado foram chamados para ajudar.
Durante as tratativas, Góes arremessou bicicletas de banhistas e atirou isopores de ambulantes no mar. Ele chegou a empurrar motos de PMs e uma viatura. Por volta das 18h30, o soldado fez uma contagem regressiva e atirou ao menos dez vezes contra o Bope, que atirou de volta e baleou o soldado. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu às 23h.
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