O médico responsável por fazer a endoscopia do industriário Edilberto Lopes Batista, que morreu durante o procedimento, foi indiciado por homicídio culposo na quarta-feira (15). O caso aconteceu em 2019, em uma clínica de Feira de Santana, a 100 quilômetros de Salvador.
De acordo com o resultado da necropsia, o paciente morreu por asfixia mecânica. Edilberto havia decidido fazer a endoscopia após sentir dores no estômago e passou mal após o procedimento. Na ocasião, a clínica que realizou o exame disse, em nota, que a endoscopia foi feita sem nenhum problema e só depois o paciente teve uma parada cárdiorespiratória.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e constatou a morte do industriário. Em seguida, o corpo dele foi levado para a casa da família e colocado no sofá. Os parentes de Edilberto contaram que nenhuma explicação foi dada pela equipe, que apenas pediu que eles fossem buscar o atestado de óbito.
Na ocasião, a TV Bahia procurou o Samu e questionou o motivo pelo qual o corpo do industriário foi levado para casa dos familiares. Na época, a médica que atendeu Edilberto considerou que a morte do paciente teria sido natural e, nesse caso, o procedimento é entregar o corpo à família.
Sem entender a causa da morte do homem, os parentes de Edilberto acionaram a polícia, que foi até o local, removeu o corpo de Edilberto e iniciou as investigações.
Quatro anos após a morte do paciente, a investigação foi concluída e o resultado será encaminhado para o Ministério Público da Bahia, que decidirá se aceita ou não o indiciamento do médico.
A médica responsável por levar o corpo do homem para a casa da família pediu o desligamento do Samu, mas não há mais detalhes sobre a decisão da profissional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário