O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta segunda-feira (5), a medida provisória que cria o Desenrola, programa elaborado pelo governo federal para renegociação de dívidas. O anúncio foi feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Apesar do texto já estar assinado, a abertura do sistema para credores ocorrerá em julho, por razões "burocráticas". Haddad confirmou que o Desenrola irá atender inadimplentes que recebem até dois salários mínimos e tenham dívida de até R$ 5 mil.
O ministro da Fazenda avaliou que os credores irão ofertar bons descontos no programa, devido a liquidez garantida pelo Tesouro. "Vamos adquirir carteiras com maior desconto. A ideia é que o credor dê maior desconto porque ele sabe que, ao incorporar no programa, o crédito passa a ser líquido, com garantia do Tesouro", explicou o ministro.
O Desenrola será avalizado pelo Fundo de Garantia de Operações (FGO), instrumento criado na pandemia que conta com quase R$ 10 bilhões em recursos.
O programa, que depende da adesão dos credores, poderá impactar 30 milhões de CPFs negativados, considerando apenas as dívidas inscritas até o fim do ano passado.
"É um programa governamental que depende dos dois lados convergirem. Mas o Banco do Brasil estima que vamos ter sucesso, todos os bancos privados e públicos foram consultados e a nossa previsão é que o setor privado também vá participar do programa", disse Haddad.
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