quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Acusado de matar ex-namorada e abandonar corpo é condenado a 16 anos de prisão

O homem acusado de matar a tiros a ex-namorada de Janaína Arcanjo Santos, de 20 anos, e deixar o corpo dela na entrada da localidade da Roça da Sabina, no bairro da Barra, em Salvador, em agosto do ano passado, foi condenado a 16 anos de prisão, na terça-feira (24).

O crime aconteceu em 15 de agosto do ano passado. Janaína Arcanjo Santos foi encontrada com um saco plástico na cabeça e o corpo envolto em um lençol.

Segundo informações da Polícia Civil, Gabriel Moraes alegou que atirou acidentalmente após uma briga. O casal, que namorou por cerca de quatro meses, teria se conhecido na região da Barra, onde Janaína trabalhava como auxiliar de baiana de acarajé.

Uma jovem, que também seria namorada de Gabriel Moraes, chegou a ser presa. No entanto, as investigações apontaram que ela foi coagida pelo condenado a presenciar o crime. Por isso, ela não chegou a ser denunciada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Gabriel Moraes responde a vários processos e tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais. Na época do crime, a tia da vítima, Yvette Moreira, contou que Janaina estava em casa no dia que foi morta e saiu do imóvel após receber uma ligação no celular.

"Ela estava em casa e aí minha irmã chegou ficou eu, ela e minha irmã colocando o som, dançando. Aí eu subi para pegar um negócio na casa da vizinha, quando eu voltei ela já não estava mais", relatou.

Segundo Yvette Moreira, a jovem não contou para ninguém o destino dela. Ela só soube que a sobrinha estava morta pela televisão, mas não sabia que era a sobrinha. "Quando foi meio-dia, vi [a notícia] na televisão e senti, mas não sabia que era ela. Quando foi de noite, umas primas dela por parte de mãe me ligaram dizendo que ela estava no Instituto Médico Legal Nina Rodrigues", disse.

A tia da vítima afirmou que não conhecia Gabriel. Falou também sobre a personalidade de Janaina, que era dócil, calada e não tinha muitas amizades. "Quem foi [que matou a jovem], quem não foi, eu não sei. Eu não conhecia ele. Ela nunca bebeu, nunca fumou, era uma menina dócil, calada, não tinha amizades. As amizades dela eram as primas dela, em Cajazeiras 10. Está todo mundo triste porque amavam ela", lamentou.

O corpo da jovem foi encontrado na entrada da Rua Doutor Deraldo Dias de Moraes, conhecida como Roça da Sabina, no bairro da Barra. De acordo com a Polícia Civil, testemunhas disseram que Janaína foi deixada por homens que estavam em um carro branco, por volta das 6h.

Equipes da 11ª Companhia Independente da Polícia Militar foram acionadas e estiveram no local, fizeram buscas, mas nenhum suspeito foi encontrado, em princípio.

Os agentes isolaram a área para que o Departamento de Polícia Técnica (DPT) fizesse perícia na área e removessem o corpo para o Instituto Médico Legal (IML). Janaína só foi identificada na terça, um dia após a morte.

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