sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Rituais de Ano Novo mais populares do Brasil

O costume de celebrar a chegada de um novo ciclo no calendário não é nada novo. Existe há mais de 4 mil anos. Mas, naquela época, em vez de um "ano" novo, a passagem do tempo era contada pelas estações do ano.

O primeiro povo a celebrar a festa de passagem teria sido o da Mesopotâmia, por dependerem da agricultura para sobreviver, eles celebravam o fim do inverno e início da primavera, época em que se iniciava uma nova safra de plantação.

Com isso, a festa de passagem dos mesopotâmicos não se dava na noite do dia 31 de dezembro para 1º de janeiro, mas sim do dia 22 para o 23 de março, data do início da primavera no hemisfério norte.

Foi somente com a introdução de um novo calendário no Ocidente, em 1582 — o calendário gregoriano, adotado pelo papa Gregório 13 no lugar do calendário juliano — que o primeiro dia do novo ano passou a ser 1º de janeiro.

As comemorações de Ano Novo e as celebrações de passagem também representam esperança. Se hoje alguns rituais têm por objetivo atrair prosperidade e dinheiro — como usar a cor amarela na festa de Réveillon ou comer lentilhas — os cultos de 4 mil anos atrás pediam alimento e fartura.

Já o termo Réveillon, usado em várias partes do mundo para descrever a festa de véspera de Ano Novo, é mais recente: surgiu no século 17, na França, e representava festas da nobreza que duravam a noite toda.


À moda brasileira

Em Salvador, a Igreja do Senhor do Bonfim é o principal ponto da cidade na última sexta-feira do ano, chamada de "Sexta-feira da Gratidão".

Fiéis de todo o país vão até o templo para pedir proteção para o próximo ano e levar objetos para benzer, como colares, as famosas fitinhas do bonfim, chaves de casa, fotos e até o carro.

Em todas as praias do Brasil, seguidores de Iemanjá costumam passar o Réveillon no litoral para fazer oferendas ou pular as sete ondas.

Iemanjá, a Rainha do Mar, é uma divindade africana originalmente vinda da Nigéria, da tradição chamada de iorubá, e incorporada pelo candomblé e pela umbanda no Brasil.


Sete ondas

A relação do brasileiro com as praias nacionais durante o Réveillon, no entanto, não é exclusiva de devotos de Iemanjá. O ritual de usar branco e pular as ondas, diferente de como é para os umbandistas, não tem significado religioso, somente espiritual. 

Parte da população não usa a cor com fins religiosos, mas sim por acreditarem na representação de prosperidade, paz e boas energias para o novo ciclo que está prestes a se iniciar.


A tradição de usar branco

Usar roupas brancas na festa de Ano Novo se tornou comum no Brasil na década de 1970, quando membros do candomblé passaram a fazer suas oferendas na praia de Copacabana. Pessoas que passavam pela praia e viam o ritual acharam bonito o branco — e adotaram a vestimenta.

A tradição de pular as sete ondas na virada do ano, fazendo sete pedidos diferentes, também está ligada à umbanda e ao culto a Iemanjá.


Os dias de Ano Novo

As comemorações de Ano Novo não acontecem necessariamente no dia 1º de janeiro. Isso porque existem vários calendários que organizam o ciclo anual de maneira diferente do gregoriano.

Para os muçulmanos, o Ano Novo corresponde ao mês de maio do calendário gregoriano. Para os judeus, corresponde ao período de final de setembro e início de outubro. Já os chineses celebram a passagem entre final de janeiro e início de fevereiro. E você, quando e como comemora a passagem de ano?

Nós da redação do Blog Verdinho desejamos que a contagem regressiva seja uma pausa para agradecer, refletir e, finalmente, abraçar o futuro com fé e determinação. Que a chegada do novo ano nos inspire a sermos a melhor versão de nós mesmos, buscando o equilíbrio, a paz e a felicidade em cada dia que se inicia.

Comente aqui embaixo seus desejos de um próspero Ano Novo que se inicia! Feliz 2024.

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