sábado, 12 de julho de 2025

Ataque ao Banco Central reforça rastreabilidade oferecida pela tecnologia blockchain

O recente ataque hacker à infraestrutura operacional do Banco Central, com movimentações indevidas em contas de reserva bancária ligadas ao sistema PIX, reacendeu o debate sobre o uso de ativos virtuais por grupos criminosos. Após o desvio de valores, os responsáveis tentaram converter os valores em ativos digitais. A ação, no entanto, evidenciou um ponto técnico crucial: ao contrário do que se imagina, a tecnologia blockchain — a base dessas transações — é altamente rastreável e não garante anonimato absoluto de seus usuários.

As redes públicas que sustentam essas criptomoedas são projetadas para registrar todas as transações de forma sequencial, imutável e permanentemente acessível. Esse modelo de cadeia de blocos (blockchain), aliado a ferramentas especializadas de análise forense e exploração de blocos, permite mapear toda a trajetória dos ativos digitais: da origem ao destino final. Em outras palavras, a estrutura da tecnologia blockchain permite que autoridades e especialistas acompanhem os fluxos financeiros com alto grau de precisão, desmistificando uma das críticas aos ativos digitais.

“Apesar da característica pseudônima dessas redes — em que os endereços não exibem diretamente os nomes dos usuários —, a identidade é preservada sem impedir o rastreamento das operações em operações policiais ou demandas judiciais. Ou seja, não se trata de um anonimato completo e irrestrito, mas de um resguardo de identidade que não impede o seu rastreamento se houver essa necessidade, como é o caso desse ataque ao Banco Central”, explica o advogado e especialista em tecnologia blockchain e ativos virtuais Pedro Torres.

Um relatório da Chainalysis corrobora esta afirmação. Em 2023, apenas 0,34% do volume total de transações com criptomoedas foi destinado a endereços associados a atividades ilícitas — o que equivale a US$ 24,2 bilhões num universo de trilhões movimentados globalmente. Chama a atenção também a redução desses valores em comparação a 2022, quando foi registrado US$ 39,6 bilhões em atividades ilícitas. “O ecossistema de ativos digitais é legítimo, seguro e possibilita a sua rastreabilidade por parte dos órgãos de fiscalização”, diz Cleverson Pereira, head educacional da OnilX, empresa que transforma ativos digitais em liquidez para efetuar pagamentos e transações.


Blockchain, Pix e a rastreabilidade

A rastreabilidade da Tether (UDST), uma das principais stablecoins do planeta, é ainda mais evidente. Trata-se de um ativo digital emitido por uma entidade centralizada que adota políticas de compliance rigorosas. Lastreada no dólar, a Tether circula em redes públicas e pode ser bloqueada ou congelada por decisão unilateral de seu emissor, ampliando o controle sobre transações consideradas suspeitas, caso haja alguma requisição.

Torres destaca que a tecnologia é, neste cenário, uma aliada das investigações e das forças fiscalizatórias. “A conversão dos valores em ativos virtuais, longe de inviabilizar a atuação das autoridades, contribui para a rastreabilidade e para a reconstrução das operações com precisão”, reforça Pereira. “A tecnologia blockchain não representa um obstáculo à segurança. É uma ferramenta poderosa para a transparência e a rastreabilidade de ativos em ambientes digitais”, ressalta Torres.


A lógica é semelhante aos processos financeiros dentro do sistema de pagamento Pix, que, por enquanto, não conta com a tecnologia blockchain. “Ao utilizarmos a Blockchain para estruturar um procedimento semelhante no Pix, ganharíamos em segurança, pois conseguiríamos rastrear as informações das transações realizadas sem a possibilidade de alteração, uma vez que, na Blockchain as transações são imutáveis”, analisa Pereira.

Um outro ponto que tornaria esta cadeia ainda mais segura é o fato de exigir diversas chaves privadas. “Formada por várias palavras que podem ser divididas entre os gestores do sistema, sendo que todos precisam usar juntos para liberar todo o sistema de pagamento ou a transação dentro da Blockchain. Portanto, facilitaria uma governança em um novo processo de segurança”, reforça o head educacional da OnilX.

Na outra ponta, o uso de dinheiro vivo, por exemplo, torna o acompanhamento das autoridades mais complexo e, muitas vezes, sem a possibilidade de rastreio. “É preciso entender a diferença de conceito entre anonimato e preservação de identidade dos ativos digitais. Uma tecnologia como blockchain permite rastrear a origem e a movimentação de ativos de forma segura e efetiva”, completa Pereira.

9 comentários:

  1. Existem os MIXNETS.

    Criptomoeda NYM, XX

    https://nym.com/mixnet

    Tipo: Manda uma carta pelos Correios. Sua carta é embaralhada, misturada, triturada nos Correios. E quando sai, o carteiro entrega, ninguem sabe quem enviou, qual o real endereço, que horas enviou.
    Daí, ninguém sabe nada.

    As Mixnets fazem isso.

    Não adianta comprar na Binance e enviar e receber, tudo é rastreado.

    Tem também a criptomoefa XEC eCash, que tem essa possibilidade de enviar anonimamente.


    Nenhum governo pode pegar, rastrear seu dinheiro.

    Então, comprem as cripto:

    NYM
    XX
    XEC

    MONERO
    TORN
    ZCASH

    XEP

    Transfira para a carteira ou Wallet e use o Mixnet delas. (criar 2 endereços. O primeiro que vai da MEXC e depois desse use a Mixnet e mande para o segundo endereço)

    As 03 primeiras tem proteção contra computadores quânticos.

    https://www.mexc.com

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  2. Só usar o tradutor:

    https://nym.com/blog/what-is-a-mixnet

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  3. Você DEVE ter algumas criptomoedas guardadas e saber usar as Mixnets.

    NYM
    XX
    XEC
    MONERO
    ZCASH
    XEP


    www.mexc.com

    Mixnet é diferente de Wallet/Carteira (no sentido de carteira de dinheiro mesmo)

    https://blog.areabitcoin.com.br/samourai-wallet/

    https://br.cointelegraph.com/news/samourai-wallet-shutdown-implications-for-other-privacy-self-custody-tools

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  4. É só o banco central usar a mesma tecnologia das urnas eletronicas, que são absolutamente seguras kkkkkkk

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    1. E são.


      Agora aturar xororô, mimimi de PERDEDOR, é o foda.

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    2. O miliciano só ganhou por causa de Sérgio Moro e Deltan.

      Eles estavam combinando via zapzap

      e ainda criaram uma "FUNDAÇÃO" para receber dinheiro e gastar como quisessem. Lógico, atacando adversários.

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  5. Basta encher dezenas de malas com dólares, euros e ouro, lotar um jatinho e depositar numa agência "brics" de Moscou ou Pequim. Ninguém sabe, ninguém viu, ninguém pode questionar nada, pois o sigilo de cem anos protege a operação. Além do mais existe a garantia natural de duas REPÚBLICAS DITATORIAIS "DEMOCRÁTICAS" que impede toda e qualquer investigação. Hoje a roubalheira está totalmente legalizada. Até banco os gatunos fundaram...

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    1. O tal do ignorante é foda.

      Sao os que ganham pouco

      nao estudou nada

      e quer falar de política.

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  6. A mais evoluída e em desenvolvimento, é igual ao Bitcoin


    só qué

    o Bitcoin usa como os "centavos" o SATOSHI, que são frações: 0,000001 Satoshi. (vc envia isso se for mandar ou comprar pouco).

    Já a XEC eCash, você envia BITS. Você envia 1, 2, 300, 1000, 3.000.000 de bits.

    É mais fácil a XEC.

    Bitcoin tem 21 trilhões de Satoshis e a
    XEC 21 trilhões de Bits.

    É a mesma quantidade, mas em bits vc entende melhor.

    Se vc comprae um quilo de carne por 40 reais em Bitcoin, vc pode pagar: 0,0000617


    em XEC eCash vc vai pagar: 343.809, PQ a XEC tá baratinha. Cerca de 0,000021 e o Bitcoin 117 mil dolares.

    Mas se a XEC chegar a custar 1 real, vc pagaria 40 XECs, ou seja, Bits.

    Assim também é com a XEP, NYM, XX.

    XEC
    NYM
    XEP
    XX


    São criptomoedas para o futuro.


    Na Binance vc só encontra a XEC

    na MEXC.COM vc encontra todas.

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