Casal é encontrado morto com sinais de execução em plantação de eucalipto na zona rural de Alcobaça

O desaparecimento do casal Geovanna da Silva Papa, de 40 anos, e Mayume Rodrigues Soares, de 34, teve um desfecho trágico na tarde desta terça-feira (5). Após quatro dias de buscas intensas, os corpos das vítimas foram localizados em uma plantação de eucalipto, às margens de uma estrada vicinal, nas proximidades da Comunidade Araras, zona rural de Alcobaça, no extremo sul da Bahia.

Segundo a Polícia Civil, os corpos apresentavam marcas de tiros na cabeça e em outras regiões, configurando execução. Ao lado das vítimas, foram encontrados dois celulares destruídos, o que pode indicar tentativa de eliminação de provas.

O casal havia sido dado como desaparecido no último sábado (2), quando familiares encontraram a casa onde moravam, no sítio da localidade de Canta Galo, com sinais de invasão: portas abertas, móveis revirados e sem nenhum sinal dos moradores. A última comunicação com parentes aconteceu na noite de sexta-feira (1º), quando Geovanna e Mayume informaram que já estavam em casa após retornarem de uma viagem.

A caminhonete do casal, uma Toyota Hilux preta, placa QOQ1G64, também desapareceu e ainda não foi localizada.

O perito criminal Raul Oliveira, do Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Teixeira de Freitas, informou que os corpos estavam em estado inicial de decomposição, indicando que o crime pode ter ocorrido logo após o desaparecimento. “O local não apresentava cápsulas, o que pode indicar o uso de revólveres, provavelmente calibre 38”, afirmou o perito.

As investigações estão sendo conduzidas pela 8ª Coordenadoria da Polícia Civil, sob responsabilidade do delegado Ricardo Amaral. Ele informou que a principal linha de investigação é latrocínio (roubo seguido de morte), mas a hipótese de execução premeditada não está descartada. “A forma como tudo foi feito indica planejamento e frieza. Estamos avaliando todas as informações e ouvindo testemunhas”, disse Amaral.

Os corpos foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas, onde passarão por necropsia. A polícia aguarda os laudos técnicos para determinar com exatidão o tempo e as circunstâncias da morte.

O caso comoveu a população de Alcobaça e levantou alertas sobre a segurança na zona rural do município.