O Tesouro Nacional aprovou a concessão de garantia soberana a um empréstimo de R$ 12 bilhões para os Correios, dentro do plano de reestruturação da estatal. Com o aval da União, o risco para os bancos é praticamente nulo, permitindo a assinatura imediata do contrato e a liberação dos recursos.
A liberação é considerada urgente para garantir o pagamento do 13º salário dos empregados, em meio a negociações delicadas do acordo coletivo de trabalho (ACT), mediadas pelo TST, e a greves em nove estados.
O empréstimo será concedido por cinco bancos — Banco do Brasil, Caixa e Bradesco (R$ 3 bilhões cada), além de Itaú e Santander (R$ 1,5 bilhão cada) — com custo de 115% do CDI. O valor será liberado em duas etapas: R$ 10 bilhões agora e R$ 2 bilhões em 2026, reduzindo o impacto dos juros.
Inicialmente, os Correios buscavam R$ 20 bilhões, mas o Tesouro rejeitou a proposta devido ao alto custo. A aprovação atual só foi possível após redução do valor e publicação de um decreto presidencial que permitiu avaliar a capacidade futura de pagamento da estatal, considerando medidas ainda não implementadas.
O plano de reestruturação prevê regularização de dívidas, um novo programa de demissão voluntária, mudanças em cargos, salários e no plano de saúde, além da revisão de cláusulas do ACT. Entre as propostas estão o fim do ponto por exceção, da hora extra tripla em domingos e feriados e do vale-peru, mantendo, porém, benefícios como adicional de 70% nas férias e reajustes salariais a partir de 2026.
Os sindicatos têm até 23 de dezembro para avaliar a proposta. Caso aprovada, o novo acordo coletivo terá validade de dois anos.







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