sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

Vereador de Itabela é acusado de integrar facção criminosa desde 2020, aponta MP-BA

O vereador de Itabela, no sul da Bahia, Lucas de Souza Lemos (União Brasil), foi denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por tráfico de drogas, associação para o tráfico e financiamento de atividades criminosas. A denúncia foi apresentada no último dia 8 de dezembro e aponta que o parlamentar atuava de forma direta na facção Bonde do Maluco (BDM) desde, pelo menos, o ano de 2020.

De acordo com o MP-BA, Lucas foi preso em flagrante no mês de novembro durante uma operação da Polícia Militar, dentro da residência apontada como sendo do líder do BDM em Itabela. No dia seguinte à denúncia, em 9 de dezembro, a Justiça determinou a manutenção da prisão preventiva do vereador.

As investigações indicam que o parlamentar exercia um papel estrutural e ativo dentro da organização criminosa, com atuação contínua e consciente. Ainda conforme o Ministério Público, a participação dele teria se intensificado a partir de 2022, envolvendo não apenas o tráfico de drogas, mas também o financiamento das atividades ilícitas e a troca de informações estratégicas sobre grupos criminosos rivais.

O MP-BA também aponta que Lucas de Souza Lemos estaria envolvido em ações de contrainteligência da facção, além de suposta ocultação de provas relacionadas a homicídios e tentativa de obstrução de investigações policiais.

Durante a mesma operação que resultou na prisão do vereador, outros dois suspeitos também foram alvos da polícia. Um deles tentou fugir, entrou em confronto com os agentes e acabou baleado. Ele chegou a ser socorrido para uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. Na ação, foram apreendidos um revólver, munições, aparelhos celulares e porções de drogas.

Após a prisão, a Câmara Municipal de Itabela informou, por meio de nota, que acompanha o andamento das investigações e que eventuais providências serão tomadas conforme prevê a Lei Orgânica do Município e o regimento interno da Casa Legislativa.

Já o presidente do diretório municipal do União Brasil, Jorge Leones Santana Costa, afirmou que a legenda foi surpreendida com as acusações e que aguarda o avanço das investigações para decidir quais medidas partidárias serão adotadas.

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