Na última quarta-feira o pré-candidato a Deputado Federal pela Rede Sustentabilidade Roberto José, foi entrevistado no programa líder de audiência, do carismático Cacá Ferreira, da Rádio Am Difusora, o tema foi o descaso com a Política Pública Municipal relacionada a Cultura em Itabuna, a situação caótica em que se encontra a FICC. Assim, Roberto José, afirmou que utilizou a política pública cultural para reduzir vulnerabilidade e risco social, a partir da criação e implementação das CASAS DAS ARTES E VIVARTE, hoje desativados pelo Prefeito de Itabuna, programas que teve como inspiração as ações em Medellín (Colômbia), hoje cidade modelo no mundo, que conseguiu reduzir seus índices de violência a partir das ações em cultura, cidadania e educação. Enfatizou ainda que enquanto gestor, captou recursos em diversas instituições públicas e privadas, ou seja, que a Fundação não só viveu dos repasses do município.
Para o entrevistado, seu modelo de gestão, colocado em prática tanto a frente da FICC, mas também quando esteve à frente da Secretaria de Trânsito de Itabuna, foi um modelo de visão sistêmica, o qual condicionam as diretrizes e ações governamentais, a partir da necessidade de otimização de recursos, agilidade e eficácia em termos de implementação, controle e resultados. Dessa forma, quando se implementam ações no trânsito que reduzem acidentes e melhoram a fluidez na cidade, o reflexo direto é trazer qualidade de vida e liberar leitos de hospitais, colocando a disposição para quem mais precisa, pois menos pessoas se acidentarão em razão das mudanças, fato comprovado com a queda dos índices de acidentes nos últimos anos em Itabuna. Esta visão de gestão, nos permite verificar que cada real investido em saneamento básico, promove-se a saúde em quatro reais, vez que a população deixa de adoecer, passando a ter mais qualidade de vida, logo não sobrecarrega os hospitais e os postos de saúde.
O entrevistado destacou ainda que Itabuna é um dos municípios mais violentos do Brasil em razão do alto grau de vulnerabilidade e risco social, reflexo da crise da lavoura cacaueira que recepcionou um êxodo rural muito grande e que a prefeitura não se preparou, não planejou, não implementou nenhum tipo de política pública que acolhesse as demandas desse fluxo migratório. Infelizmente Itabuna, é fruto de um atraso dos últimos 30 anos, de gestões ruins, temerárias e sem profissionalismo.
Finalizou a entrevista Roberto José, afirmando que é preciso profissionalizar a gestão pública, tornando-a eficiente nas suas demandas e nas suas ações. O entrevistado citou ainda o exemplo de falta de Gestão Pública e de temeridades no que diz respeito à educação pública do município, na qual há muito aporte de recursos, assim um estudante custa por mês mais de R$ 600,00, - mensalidade de escola de rico!!!, exclamou o entrevistado - mas que apesar do grande investimento, temos uma educação de péssima qualidade, não há valorização do professor, prédios (escolas) impróprios e de conservação questionável. Assim, enfatiza, que para além dos números apresentados, estamos tratando de vidas, de crianças que estão com seu futuro em jogo por culpa da gestão pública municipal.