A precariedade do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) em Ilhéus tem gerado crescente preocupação entre os moradores. Com uma população superior a 185 mil habitantes, a cidade conta com apenas duas ambulâncias em funcionamento: uma básica e outra avançada. Essa deficiência na frota compromete gravemente o atendimento à população, resultando em demora no socorro e alta demanda reprimida.
A escassez de ambulâncias não apenas coloca em risco a vida de quem necessita de atendimento urgente em Ilhéus, mas também prejudica os moradores de cidades circunvizinhas que são reguladas pela base do SAMU local. A demora no deslocamento das ambulâncias pode ser fatal em situações de emergência.
Diante da grave situação, o governo Valderico Jr foi obrigado pela Justiça a regularizar o funcionamento do SAMU. A decisão, proferida em março deste ano, atendeu aos pedidos apresentados em ação movida pelo promotor de Justiça Pedro Nogueira Coelho. A ação constatou que o município não possuía a frota mínima de ambulâncias necessárias para atender à população e não tinha contrato efetivo para a manutenção dos veículos existentes.
A decisão judicial obriga o município de Ilhéus a disponibilizar, no mínimo, duas ambulâncias do tipo avançada, quatro do tipo básica e uma motolância, todas em perfeitas condições de uso. Além disso, a prefeitura tem o prazo máximo de seis meses para realizar todos os reparos necessários nas ambulâncias atualmente inoperantes e 30 dias para celebrar contrato com empresa especializada na prestação de serviços de manutenção preventiva e corretiva da frota do SAMU, devendo apresentar provas do cumprimento da decisão judicial.
A população de Ilhéus e das cidades vizinhas aguarda com expectativa o cumprimento da decisão judicial, na esperança de que o serviço do SAMU seja regularizado e possa oferecer um atendimento rápido e eficiente em situações de emergência, garantindo a segurança e a vida dos cidadãos.
Por Jefferson Teixeira