O caso do rapper Gustavo da Hungria, 34 anos, que está internado no hospital DF Star, ainda é considerado suspeito de intoxicação por metanol. Nesta quinta-feira (2/10), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, chegou a confirmar, em coletiva de imprensa, que o músico conhecido como Hungria Hip Hop, está intoxicado pela substância. O artista foi internado às pressas pela manhã, no Hospital DF Star, em Brasília, com sintomas compatíveis com o consumo de metanol.
Após a coletiva, a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde avisou aos jornalistas que ainda falta o resultado do exame para confirmar a contaminação por metanol.
O Brasil já tem casos confirmados de contaminação por metanol em duas unidades da Federação: nove em São Paulo e cinco em Pernambuco. O caso no DF, com o recuo, volta a ser suspeito.
De acordo com boletim médico, Hungria apresentou cefaleia, náuseas, vômitos, turvação visual e acidose metabólica. A equipe clínica informou que ele está sendo acompanhado em unidade equipada com suporte de terapia intensiva. O pai do rapper, Manoel Neves, tranquilizou os fãs: “Ele agora está bem, longe do perigo”.
Conforme o ministro, a confirmação ocorreu após exames realizados na unidade hospitalar. “Com o fato de estar em Brasília, nossa equipe está acompanhando desde o início da internação. Nós já temos a confirmação de que foi detectada a presença de metanol no exame feito no hospital onde esse paciente foi internado”, afirmou.
Ainda durante a coletiva, Padilha atualizou os números e informou que já há 59 casos de intoxicação por metanol modificados no país, dos quais 15 foram confirmados.
A suspeita é que uma garrafa de vodca comprada em uma distribuidora da região tenha sido adulterada. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) instaurou inquérito para investigar a origem da possível contaminação e já colheu depoimentos de pessoas próximas ao artista.
Casos de intoxicação por metanol têm preocupado as autoridades sanitárias. Em São Paulo, seis pessoas foram vítimas: uma morte foi confirmada e outras cinco seguem sob investigação. Até esta quinta-feira, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) não havia registrado oficialmente casos do tipo na capital.