O relatório final do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário de Apuração (CIAE-A), instituído pelo Conselho de Administração da Vale para investigar o que provocou e quem são os responsáveis pelo rompimento da barragem de Brumadinho (MG), concluiu que a estrutura apresentava problemas há 25 anos.
Segundo o relatório, uma instabilidade estrutural com liquefação, fenômeno em que o rejeito sólido se converte em fluido, foi a causa imediata da tragédia. Entretanto, os problemas existiam desde a época em que a Mina Córrego do Feijão pertencia à Ferteco Mineração. A Vale comprou a estrutura em 2001. "Desde 2003, a Vale tinha informações que indicavam a condição de fragilidade da B1, além de informações anteriores à aquisição da Ferteco", diz o documento. Ainda segundo o relatório, "apesar dos problemas na barragem, não foram identificadas medidas da Vale para remover as instalações administrativas. A mineradora tinha ciência de que uma ruptura exigiria a evacuação do refeitório em até um minuto".