A Polícia Militar prendeu na última sexta-feira (2) Lusineide Bento da Silva, suspeita de assassinar o ex-namorado, o advogado Bruno Stefani de Sena Rocha, em maio de 2022, na cidade de Ubaitaba, sul da Bahia. A mulher era considerada foragida desde o dia 14 de abril, quando a Vara Crime de Ubaitaba decretou sua prisão temporária no inquérito que investiga a morte do advogado.
Guarnições da Rondesp Sul (Rondas Especiais da Polícia Militar) localizaram e detiveram Lusineide Bento da Silva no distrito de Tremembé, na Península de Maraú, após informações sobre seu paradeiro.
A ordem de prisão temporária contra a suspeita foi emitida pela Justiça a pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que acompanha o caso desde o desaparecimento e posterior morte do advogado.
No momento da prisão, os policiais apreenderam com Lusineide um simulacro de pistola, um par de algemas e um aparelho celular. Todo o material foi apresentado à 7ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), em Ilhéus, para as devidas investigações. A suspeita foi posteriormente transferida para o Presídio Ariston Cardoso, também em Ilhéus.
O advogado Bruno Stefani de Sena Rocha, de 31 anos, desapareceu em 31 de maio de 2022. Davi Pedreira, advogado que atuava como assistente de acusação no caso, relatou que Bruno e Lusineide tiveram uma discussão na residência dela em Ubaitaba naquele dia. Testemunhas informaram à Polícia Civil ter ouvido disparos de arma de fogo e gritos em meio ao som alto que vinha da casa durante a discussão.
O corpo carbonizado de Bruno foi encontrado na manhã de 1º de junho de 2022, dentro de seu carro, que também foi incendiado, em uma estrada de chão que liga os municípios de Ubaitaba e Itacaré. O advogado deixou uma filha, fruto de seu relacionamento com Lusineide Bento da Silva.
Com a prisão da principal suspeita, a Polícia Civil deve intensificar as investigações para esclarecer todos os detalhes do crime e concluir o inquérito. A expectativa é que a prisão temporária de Lusineide Bento da Silva seja convertida em preventiva, garantindo que ela permaneça à disposição da Justiça para o julgamento.