
O conteúdo foi divulgado neste domingo (9) pelo site The Intercept, e mostra que os dois trocavam colaborações quando integravam a força-tarefa da Operação Lava Jato. Moro, que hoje é ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PSL), foi o juiz responsável pela operação em Curitiba. Ele deixou a função ao aceitar o convite do presidente, em novembro, após a eleição.
"Não tem nenhuma orientação nas minhas mensagens", afirmou o ministro a jornalistas, após evento em Manaus."Fato grave é a invasão criminosa do celular dos procuradores", acrescentou, antes de encerrar a coletiva dizendo que o motivo da visita à capital do Amazonas é a questão carcerária.
Antes, em um discurso de pouco mais de oito minutos, Moro ignorou a crise desatada pelo vazamento de conversas e falou apenas sobre o sistema penitenciário. No mês passado, Manaus foi palco de um massacre de 55 presos em dois dias.
O The Intercept informou que obteve o material de uma fonte anônima, que pediu sigilo. O pacote inclui mensagens privadas e de grupos da força-tarefa no aplicativo Telegram, de 2015 a 2018. Após a publicação das reportagens, a equipe de procuradores da operação divulgou nota chamando a revelação de mensagens de "ataque criminoso à Lava Jato" e disse que o caso põe em risco a segurança de seus integrantes.